Definition List

sábado, 4 de agosto de 2012

Android: Descubra o que mais é possível fazer com este valente robozinho

Sabia que já tem pessoas construindo projetos de eletrônica com Android? Alguns usam até como PC convencional.


Desde o inicio o sistema operacional Android chegou como uma alternativa carismática e livre no mundo dos dispositivos móveis, isso graças ao código livre herdado junto com o kernel do sistema Linux. O fato de ter o código livre representa um grande convite para aqueles que gostam de ir à fundo na personalização de seus dispositivos e do próprio sistema operacional.
Mesmo não sendo tão claro na época do lançamento, hoje podemos ver que foi só uma questão de tempo para que as pessoas encontrassem mil e uma utilidades para o Android; de um poderoso controlador de dispositivos eletrônicos até um sistema operacional para PC comum. Para brindar esta liberdade, vamos dar uma olhada no que está rolando com o simpático robozinho verde do Google.

Na eletrônica

Quem nunca sonhou em ser um cientista louco? Criar coisas interessantes, tornar o dia a dia mais prático com engenhocas mirabolantes ou até mesmo criar monstros ao melhor estilo do filme Transformers. Agora com kits de eletrônica como Arduino, o pontapé inicial para tais sonhos ficou muito mais simples; com um deles é possível integrar componentes como sensores e motores e circuitos com uma grande facilidade, comparando com a eletrônica tradicional.
Como não poderia deixar de ser, vários desenvolvedores acharam que seria uma boa ideia usar sistemas mais complexos e poderosos à kits como estes. É exatamente ai que entra o Android, pois ele já foi projetado para trabalhar com os processadores ARM, também usados nestes projetos, e traz apenas o necessário para um sistema portátil, deixando de lado os elementos pesados dos convencionais.

BeagleBone

Esta é uma placa de prototipação eletrônica projetada para facilitar a confecção daquelas ideias malucas que temos no dia a dia. Ela vem com entrada USB para dados e energia, conector ethernet para acesso via rede e um pino para conectar uma fonte de energia comum.
Repare nos grandes conectores pretos enfileirados, a partir deles é possível conectar as saídas de energia e as entradas de dados; como motores servos (para movimentação) e sensores de temperatura, luminosidade, GPS e vários outros.
A parte interessante é que ela roda distribuições Linux adaptadas e uma versão do Android, isso graças ao processador ARM 8 de 720 MHz e a memória de 256 MB DDR2. Apesar das boas configurações, para um projeto do seu tipo, a placa pode ser encontrada por preços a partir de US$89,00, ou aproximadamente R$182,00.
Parece bom demais para ser verdade? Confira o vídeo abaixo que mostra ser possível rodar o Android na placa:


Mini PC

O que acontece quando se agrega componentes de baixo custo, boa vontade, projetistas talentosos e um sistema operacional livre? Sim, exatamente isso! Uma máquina com custo acessível e repleta de recursos interessantes. E é claro, o Android não poderia ficar fora dessa, assim como as versões convencionais do Linux.
Uma plataforma tem potencial para ser interessante tanto para as pessoas que não estão dispostas a comprar um PC mais caro, quanto para aqueles que desejam testar aplicativos e o próprio sistema Android sem comprar um smartphone caro.

PandaBoard

Pergunta rápida: onde encontramos um dispositivo Android com processador A9 dual core de 1.2 GHz, 1 GB de memória e chip acelerador 3D por aproximadamente R$320? Sim, este dispositivo existe, pode ser conectado à sua TV ou monitor através de um cabo HDMI e ainda suporta dispositivos USB, como teclado e mouse.
Esta é justamente a descrição da PandaBoard, uma placa inicialmente projetada para rodar versões especiais de sistemas Linux Debian ou derivados, mas que atraiu a atenção de entusiastas do Android. Isso porque mostra ser uma ótima plataforma de testes e até mesmo desenvolvimento de aplicativos para o sistema operacional do Google.
Com as suas configurações, a PandaBoard é capaz de rodar até mesmo vídeos em alta resolução. Que tal montar um mídia center com ela?

Raspberry Pi

Se você acha que R$300,00 ainda não é um bom valor, principalmente por lembrar que o governo faz a "mágica" de dobrar o valor dos produtos eletrônicos na alfândega, existe uma opção mais em conta. O Raspberry Pi roda o Android 4.0 e custa a bagatela de U$25,00, aproximadamente R$51,00.
É claro que tem ainda o chamado custo Brasil (a mágica descrita acima) e a taxa de entrega, mesmo assim é provável que o valor final da placa fique bem abaixo de R$300,00. Assim como a PandaBoard, a Raspberry Pi também pode ser ligada à TV via HDMI e em dispositivos USB, sendo praticamente um PC reduzido.
Dentre os principais agrados do dispositivo estão o processador ARM de 700 MHz, 256 MB de memória, chip gráfico integrado com suporte a OpenGL ES 2.0, saída de som P2 (a mesma de celulares e rádios). O mais interessante desta placa, é que ela traz também um conector RCA (aquele amarelo da TV), para usar com TVs que não possuem conexão HDMI.
Com estas características, o "brinquedinho" é capaz de rodar jogos bem elaborados e vídeos em até 1080p com 30 frames por segundo, usando o decodificador H.264.

Android rodando no Pendrive

Quando pensávamos que nada poderia superar o tamanho de um netbook (pelo menos por enquanto), eis que surgem os dispositivos montados para rodar Android com o tamanho de um pendrive. É claro que eles não trazem telas, como os smartphones, mas já surpreendem por rodar perfeitamente o sistema quando acoplados à monitores e TVs com entradas HDMI.
Além do tamanho extremamente reduzido, quase imperceptível ao lado de uma TV com bom tamanho, estes aparelhos precisam apenas de um conector USB convencional para receber energia. Lembrando que as TVs de LCD e LED normalmente já possuem conexões USB, basta pendurar o "pendrive" inteligente em uma destas portas para usufruir de uma TV com Linux ou Android praticamente embutidos.

MK802

Este é literalmente um pendrive capaz de rodar Android e uma série de outras distribuições Linux. Isso graças ao processador ARM A8 de 1.0 GHz, memória de 512 MB a 1 GB e chip gráfico de 500 MHz; uma configuração muito boa diante de seu tamanho reduzido, que mesmo assim consegue suportar o preço em torno de R$140,00 (US$74,00) na versão de 512 MB e R$180,00 (US$94,00) na versão de 1GB.
Apesar do tamanho extremamente reduzido, o dispositivo traz ainda porta USB e conexão HDMI para ligar na TV. Com esta combinação, é possível energizá-lo na porta USB da TV, conectá-lo na entrada HDMI e ainda usar o sistema com algum dispositivo sem fio à distância; a conexão com a Internet fica por conta de um adaptador de rede sem fio embutido na placa.
O armazenamento de dados no "PenPC" é feito através de cartão microSD, que pode ser conectado  facilmente na lateral do dispositivo.
As configurações do aparelho são suficientes para rodar jogos da GooglePlay. No vídeo a seguir, por exemplo, você confere uma pessoa jogando diversos títulos com o MK802 e usando um smartphone Android como controle sem fio.

No PC convencional

Mesmo com a barreira inicial do Android ter sido projetado especificamente para arquitetura de processadores ARM, de smartphones e tablets, uma série de desbravadores já lançaram adaptações dele para os PCs convencionais.
Hoje em dia, é possível usar o Android como sistema principal de seu computador, notebook e até mesmo netbook; se preferir evitar o dual boot ou afetar o sistema principal, é só usar o sistema em uma máquina virtual.
Rode o Android em seu PC sem prejudicar o sistema principal com a versão Live
A Microsoft que se cuide, pois existem boas chances do Android disputar a preferência dos usuários também no PC; para isto, existem milhares de pessoas empenhadas a torná-lo cada vez melhor, isso gratuitamente. Outro fator que pode ajudar o sistema do robozinho é a grande quantidade de usuários reclamando da aparência do Windows 8.